Vestidos de branco, homens e mulheres percorreram as ruas da cidade de Boa Vista da Aparecida nesta sexta-feira na passeata com o tema: Violência contra a mulher também é problema seu. Pessoas de todas as idades participaram do movimento e com cartazes fizeram suas manifestações contra as violências sofridas pelas mulheres.
A inciativa é da Secretaria de Assistência Social e CREAS (Centro de Referência Especializado de Assistência Social). Participaram do evento a chefe regional da secretaria da família e desenvolvimento social, Lizmari Fontana, a secretária municipal de assistência social, Elisane Miezikowisk, a coordenadora do CREAS, Silvania Becker, a psicóloga do CREAS, Andreia Fae, as equipes do CRAS, entre outros.
“Estamos aqui por uma causa muito importante que é a violência, temos que falar muito sobre isso, saber que não pode acontecer, temos que tirar isso de baixo do tapete, que as mulheres podem procurar ajuda, não podemos nos calar, qualquer agressão, a lei Maria da Penha está aí não para prejudicar os homens, mas sim olhar pelas mulheres, pelos direitos das mulheres”, afirmou Lizmari Fontana durante a abertura da passeata.
Amanhã, dia 25, é o dia internacional do combate da violência contra as mulheres. No mundo, no Brasil e em nossa cidade as estatísticas são assustadoras, e a violência não é apenas física. “Muitas vezes a violência psicológica é a que mais acontece, a partir do momento que o esposo proíbe a mulher de visitar a família dela, fala que a família dela não presta, isso já é uma forma de violência, ou outro exemplo, ele fala que ela não precisa trabalhar, fala para ficar dentro de casa, cuidar dos filhos, que essa é a função dela como mulher, isso também é uma forma de violência, não deixa voltar a estudar, por ciúmes, são relações abusivas, toda vez que oprime a mulher de expressar o seu direito de liberdade e de expressão, isso é violência psicológica”, explica a psicóloga do CREAS, Andreia Fae.
Durante o evento, muitas mulheres deram seus depoimentos, de anos e anos sofrendo agressões caladas e afirmaram que depois de procurar o CREAS, suas vidas mudaram e pedem para que todas as mulheres que sofrem caladas e denunciem, procurem ajuda.
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