Com a portaria, novos investimentos podem surgir e fomentar a economia regional
Os terrenos do entorno do reservatório da Usina Hidrelétrica Governador José Richa (Salto Caxias), instalada nos municípios de Capitão Leônidas Marques e Nova Prata do Iguaçu, no Oeste do Paraná, já têm um novo zoneamento do uso e ocupação. O Instituto Ambiental do Paraná (IAP) publicou a portaria 071/2018 que revisa e institui normas de ocupação das áreas no entorno do Lago.
A nova regulamentação do entorno da usina de Salto Caxias define quais áreas podem ser utilizadas para lazer – com marinas, decks e praias artificiais, por exemplo – e quais precisam ser preservadas. A nova portaria não significa que tudo está liberado.
É preciso responsabilidade de cada um dos proprietários e empresários da região.
As normas já vinham sendo discutidas pelo ex-chefe da Casa Civil, Valdir Rossoni, deputados estaduais Paulo Litro e André Bueno e pelo ex-presidente do Procaxias e prefeito de Boa Vista da Aparecida Leonir dos Santos, juntamente com outros prefeitos.
A área atingida pela formação dos lagos inclui as cidades de Três Barras do Paraná, Nova Prata do Iguaçu, São Jorge d’Oeste, Boa Esperança do Iguaçu, Cruzeiro do Iguaçu, Salto do Lontra, Capitão Leônidas Marques e Quedas do Iguaçu.
No ano passado, o consórcio Procaxias realizou um evento com a participação de diversas autoridades e lideranças de toda a região Oeste e Sudoeste, além do ex-presidente do IAP, Luiz Tarcísio Mossato Pinto, ex-chefe da Casa Civil, Valdir Rossoni, prefeitos de toda a região e os
deputados estaduais Paulo Litro e André Bueno.
Usina
Foi inaugurada no dia 26 de março de 1999 e teve um custo final de R$ 1 bilhão. Possui uma capacidade de 1.240 MW de potência instalada, suficiente para abastecer uma cidade de 4 milhões de habitantes. Com 67 metros de altura, 1,083 metros de comprimento e 912,000 m³, a barragem da Usina Hidrelétrica Governador José Richa, do tipo gravidade em CCR (Concreto compactado a rolo) é a maior da América do Sul e a 8ª barragem de CCR em volume do mundo. Foram indenizadas em torno de 600 famílias proprietária de 1108 propriedades que foram alagadas, o que ocorreu até o final do ano de 1997. Estas famílias foram instaladas em terras que eles mesmos ajudaram a escolher. Outras 425 famílias optaram por receber cartas de crédito.
Turismo
Os primeiros condomínios foram: Marinas Doce Vida 1, da construtora JL, Marinas de Boa Vista, da construtora Village e Marinas Salto Caxias, da Plantar, as quais tiveram início de sua infraestrutura nos meados de 1997. Boa Vista da Aparecida possui, hoje, ao todo, 35 loteamentos, entre eles estão os regularizados, os que estão em processo de regularização e novos empreendimentos, juntos somam mais de 3.200 lotes. Dos loteamentos já regularizados mais de 85% encontra-se com residências.
Geração de Renda
Ao todo podemos afirmar que, tanto diretos e indiretos, aproximadamente 200 empregos, estes distribuídos na construção civil, jardinagem e serviços gerais (caseiros). Porém, na alta temporada, que vai de novembro a fevereiro, este número aumenta, devido a grande procura de produtos no comércio local, a exemplo supermercados, lojas de confecções, restaurantes, hotéis, postos de combustíveis entre outros.
Economia
Para o município de Boa Vista da Aparecida, a área turística é um investimento que acaba por gerar várias ramificações para a econômica local, o que acaba também a se estender regionalmente. A ideia do investimento no turismo, através de condomínios, desenvolve a economia com a geração de empregos, além de valorizar o setor imobiliário do município. O Governo Municipal, em um futuro muito breve, irá criar ainda mais políticas públicas para atrair novos investidores.
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