Além da Aftosa, a vacinação contra a Brucelose é de extrema importância, e deve ser feita por um médico veterinário
O mês de novembro, como acontece todos os anos, foi mais uma vez o momento de realizar a vacinação contra a Febre Aftosa. A campanha contra a doença, que atinge animais com casco partido, incluindo animais silvestres, ocorre todo ano nos meses de maio e novembro.
Na campanha atual, que teve início em 01 de novembro e encerra nesta quinta-feira (30), são vacinados todos os bovinos e bubalinos de todas as idades.
O agropecuarista deve comprar a vacina nos estabelecimentos parceiros da campanha, como casas veterinárias e cooperativas, retira o medicamento e mantém resfriado em uma caixa de isopor, até o momento de sua aplicação.
No município de Boa Vista da Aparecida, existem aproximadamente 28 mil animais (entre bovinos e bubalinos), e até o momento, aproximadamente 25% desses animais não foram vacinados ou não tiveram a comprovação da vacinação. A comprovação da vacinação, em Boa Vista da Aparecida, ocorre no estabelecimento em que o medicamento é comprado.
A não vacinação ou não comprovação da vacina acarreta multa por cabeça de animal, ou seja, quem não vacinou de 1 a 10 animais paga multa de R$969,40, que é o equivalente a 10 UPF (Unidade Padrão Fiscal do Paraná), e a partir de 10 animais não vacinados o produtor paga a quantia equivalente de uma UPF por cabeça.
Alex Alves, técnico agrícola da Adapar, explica que o vírus da Febre Aftosa não circula no Paraná, mas que a vacinação se faz necessária como prevenção. “Ela é uma doença causada por um vírus, é altamente infecciosa, mas nós somos livres da Febre Aftosa no estado do Paraná. A gente combate ela através da vacinação. Hoje no Brasil só existe um estado livre da vacinação, que é Santa Catarina. A aftosa não transmite para o homem, apenas para animais de casco partido, inclusive animais silvestres. Não existe o vírus circulante dentro do Estado do Paraná. A vacinação é sempre um modo de você prevenir a doença. Em casos positivos de febre aftosa os animais são abatidos e é dado um destino, são enterrados ou incinerados”, explica o técnico.
Além da Febre Aftosa, existe outra doença que abrange os animais de casco partido, mas essa é transmissível ao homem, a Brucelose. Alex pede aos agricultores que aproveitem a campanha da Aftosa e vacinem o rebanho contra a Brucelose. “Hoje, na propriedade que não tiver a vacinação da Brucelose em dia, não é possível emitir a GTA (Guia de Transporte Animal). É bom lembrar, também, que o produtor pode ser autuado por não ter a vacinação da Brucelose. Sempre que o produtor tiver bovinas ou bubalinas com idade de três a oito meses, ele deve providenciar a vacinação contra a Brucelose”, afirma Alex.
Alex ainda chama a atenção para a vacinação da Brucelose, que só pode ser realizada por um médico veterinário ou vacinador cadastrado. “Essa é uma vacina que o produtor não pode fazer, é somente veterinários ou vacinadores cadastrados que fazem a vacinação das fêmeas. A Brucelose é causada por uma bactéria e pode passar para o ser humano, além de ter um impacto sobre os animais, também pode passar para as pessoas que entram em contato com os animais ou consumam produtos ou subprodutos que não passam por pasteurização”, destaca o técnico agrícola.
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